Olá a todos!
Eis a mensagem que transmito para reflexão ao longo desta semana: "A sociedade do prazer".
Em uma definição bem simples, o prazer é a sensação que obtemos ao realizar uma determinada ação.
Mas por que sentimos prazer, qual a sua função para o homem?
Se analisarmos com calma, percebemos que a todos os prazeres, tem-se algum bem em vista. Para o prazer gerado pela comida está associado o bem da alimentação. Para o prazer gerado pela bebida está associado o bem da sede. Ao prazer da sexualidade, tem-se por bem o amor ao cônjuge (desvirtuado por muitos como um sentimento barato e egoísta) e a procriação. Ao prazer do estudo, o bem do conhecimento.
Dessa forma, como podemos perceber acima, o prazer deve ser tido por uma consequência do bem buscado. Busca-se a alimentação a partir de comidas que, ao ingeri-las, são acompanhados de prazer. Procurando repousar de um dia de trabalho, o sono é necessário para que estejamos novamente sãos para o dia seguinte e, como consequência, sentimos prazer ao deitarmos.
Percebe-se então que o prazer é uma coisa natural e boa. No entanto, quando deixa-se de buscar o fim, o bem por sí só, e deseja-se unicamente a consequência, o prazer, este desfigura-se e toma proporções más. Como podíamos ver, há muitos e muitos séculos atrás, costumes de pessoas comendo diversos alimentos excessivamente e regurgitando-os, de forma a poder comer mais e sentir mais prazer, invertendo o sentido real da alimentação. Dessa maneira, é fácil notar que essa inversão pode transformar-se em uma atrocidade.
Quando o prazer é buscado como fim, acaba por transformar-se em um vício. É algo que se busca, mas nunca encontra, quando o êxtase cessa, deseja-se mais, mais, e mais. Um ciclo vicioso, onde o fim está a bestialidade do homem, reduzindo a sua vontade e sua inteligente a um mero seguidor de paixões e impulsos, procurando o nada em lugar algum. Essa é a cultura do hedonismo, que busca o prazer como fim último da existência e o repúdio à tudo aquilo que custa, que nos exige sacrifícios. Como exemplo, vejamos o filósofo Epicuro e suas idéias, que baseavam-se em obter o máximo do prazer, aqui e agora.
"Tu, que não és senhor do teu amanhã, não adies o momento de gozar o prazer possível! Consumimos nossa vida a esperar e morremos empenhados nessa espera do prazer."
Como é triste ver alguém que busca, como finalidade da vida, o próprio prazer. Não se entregou por ninguém, não sacrificou-se para ver seus próximos felizes, para amar, não trabalhou para construir uma sociedade melhor. Pode até ter feito tudo isso, mas apenas com o seu próprio prazer em vista, a busca pela felicidade onde nunca será encontrada.
Todos queremos ser felizes, e somos chamados a viver a plena felicidade aqui na terra. O prazer é um bem, mas deve ser visto com sabedoria, como uma consequência do bem que buscamos para o próximo, da sensação do dever realizado com amor, dos sacrifícios que fazemos ao deixar de lado nossas vontades para fazer o que alguém nos pede.
Dessa forma, podemos refletir sobre os seguintes pontos:
- Será que busco como o fim de minhas ações o prazer?
- Já percebi que a felicidade humana não está no prazer, mas no bem?
- Já percebi que se os ensinamento cristão estabelece algumas "regras" para o uso do prazer, é porque ele não deve ser um fim buscado acima de tudo?
Somos chamados para a felicidade, a vida, a liberdade. Busquemos o bem acima de tudo e sentiremos um gostinho do paraíso na terra.
"Mais vale trocar prazer por dores, do que ficar sem amores." Juan Del Enzima
Tenham todos uma semana iluminada.
Mateus Boaventura P. Fornias
segunda-feira, 26 de maio de 2014
segunda-feira, 19 de maio de 2014
A Filiação Divina
Olá a todos.
Eis o que gostaria de passar-lhes para reflexão ao longo desta semana. Um tema que, sem dúvida, é o tema de extrema importância para a existência do Homem. Uma verdade tranquilizadora, animadora, apaziguadora e que nos enche de alegria, a filiação Divina.
Mas o que essa expressão quer dizer? A filiação divina nada mais é do que a verdade de que somos filhos de Deus, filhos amados e queridos por Ele. Esta não é uma verdade vaga, uma frase bonita que se diga. Não, nós somos verdadeiramente filhos de Deus, assim como somos filhos de nossos pais terrenos, também somos filhos de Deus.
Deus é infinitamente bom, infinitamente sábio. Nos ama mais do que mil e uma mães juntas, quer-nos feliz e quer o nosso bem. Somos verdadeiramente filhos de Deus, que é puro Amor. Que verdade animadora!!
Uma pessoa que descobre esta realidade, vive de outra forma aqui na terra. Pois quem se sabe filho de Deus:
a) Vive com grande serenidade e paz:
De fato, como não viver com grande paz no coração sabendo que Deus é nosso Pai? Que ama a cada um de nós com um amor infinito, que nos acompanha a cada passo dado e nos cuida como cuida de um recém-nascido.
Com certeza muitos de vocês já viram imagens de Nossa Senhora com o Menino Jesus em seus braços. Devemos saber também que estamos nos braços de Deus, sendo sempre protegidos por Ele.
É muito pertinente transcrever a frase dita por um grande Santo:
"Descansai filhos da filiação divina. Deus é um Pai, cheio de ternura, de infinito amor. Chamai-o Pai muitas vezes, e dizei-lhe - no silêncio da tua alma - que o quereis, que o quereis muitíssimo, que sentis o orgulho e a força de ser seus filhos". (S. Josemaria Escrivá)
b) Vive com confiança e esperança:
A consciência da filiação divina traz consigo a confiança e esperança, pois sabemos que somos amparados por Aquele que tudo pode, o Dono de tudo!
Se sofro algum male em minha vida, o pior que seja, saber que Deus me dará forças para combate-lo, que enviou-me este mal para que seja tirado um bem maior, nos enche de esperança, de amor pela vida.
Tenho sido confiante e esperançoso? Entendo que é justamente nos problemas cotidianos, justamente neles que Deus nos ajuda, que mostra o quanto nos ama e quer que cresçamos em amor à Ele e chegamos a Santidade?
Façamos o propósito de meditar nesta verdade, de considerar esta verdade e de incorporá-la em nossas vidas! Assim, encontraremos a paz, alegria, esperança, segurança que tanto almejamos e está sempre ao nosso lado.
Tenha todos uma semana iluminada.
Mateus Boaventura P. Fornias
Eis o que gostaria de passar-lhes para reflexão ao longo desta semana. Um tema que, sem dúvida, é o tema de extrema importância para a existência do Homem. Uma verdade tranquilizadora, animadora, apaziguadora e que nos enche de alegria, a filiação Divina.
Mas o que essa expressão quer dizer? A filiação divina nada mais é do que a verdade de que somos filhos de Deus, filhos amados e queridos por Ele. Esta não é uma verdade vaga, uma frase bonita que se diga. Não, nós somos verdadeiramente filhos de Deus, assim como somos filhos de nossos pais terrenos, também somos filhos de Deus.
Deus é infinitamente bom, infinitamente sábio. Nos ama mais do que mil e uma mães juntas, quer-nos feliz e quer o nosso bem. Somos verdadeiramente filhos de Deus, que é puro Amor. Que verdade animadora!!
Uma pessoa que descobre esta realidade, vive de outra forma aqui na terra. Pois quem se sabe filho de Deus:
a) Vive com grande serenidade e paz:
De fato, como não viver com grande paz no coração sabendo que Deus é nosso Pai? Que ama a cada um de nós com um amor infinito, que nos acompanha a cada passo dado e nos cuida como cuida de um recém-nascido.
Com certeza muitos de vocês já viram imagens de Nossa Senhora com o Menino Jesus em seus braços. Devemos saber também que estamos nos braços de Deus, sendo sempre protegidos por Ele.
É muito pertinente transcrever a frase dita por um grande Santo:
"Descansai filhos da filiação divina. Deus é um Pai, cheio de ternura, de infinito amor. Chamai-o Pai muitas vezes, e dizei-lhe - no silêncio da tua alma - que o quereis, que o quereis muitíssimo, que sentis o orgulho e a força de ser seus filhos". (S. Josemaria Escrivá)
b) Vive com confiança e esperança:
A consciência da filiação divina traz consigo a confiança e esperança, pois sabemos que somos amparados por Aquele que tudo pode, o Dono de tudo!
Se sofro algum male em minha vida, o pior que seja, saber que Deus me dará forças para combate-lo, que enviou-me este mal para que seja tirado um bem maior, nos enche de esperança, de amor pela vida.
Tenho sido confiante e esperançoso? Entendo que é justamente nos problemas cotidianos, justamente neles que Deus nos ajuda, que mostra o quanto nos ama e quer que cresçamos em amor à Ele e chegamos a Santidade?
Façamos o propósito de meditar nesta verdade, de considerar esta verdade e de incorporá-la em nossas vidas! Assim, encontraremos a paz, alegria, esperança, segurança que tanto almejamos e está sempre ao nosso lado.
Tenha todos uma semana iluminada.
Mateus Boaventura P. Fornias
segunda-feira, 12 de maio de 2014
A "liberadade" escrava - O bom uso da liberdade
Olá a todos.
Eis a mensagem que gostaria de passar para a reflexão ao longo desta semana: "O bom uso da liberdade".
Se perguntarmos para a grande maioria das pessoas sobre o que é uma pessoa livre, possivelmente obteríamos a seguinte resposta: "Uma pessoa livre é aquela que faz o que quer, o que lhe dá vontade". Esta resposta é, ao mesmo tempo que frequente, superficial. Será que a liberdade limita-se unicamente a não restrição, não imposição de barreiras exteriores? Podemos afirmar então que uma sociedade sem leis e regras é mais livre do que uma sociedade que as possua? Acredito ser bem pertinente iniciar a reflexão discorrendo sobre um ponto que nos auxiliará a entender mais a fundo a questão da liberdade.
Qual a principal diferença entre o ser humano e um animal, como o cachorro? A principal diferença é que o cachorro, preso em sua própria natureza, não tem a capacidade de fazer nada que não seja imposto por seus instintos, pela sua natureza. Por exemplo, quando este animal encontra-se diante de uma decisão, não conseguirá distinguir entre elas o que lhe trará o maior bem, seguirá aquilo que os instintos lhes impõe. Diferente deles, nós, seres humanos, entre uma tomada de decisão, utilizaremos diversas informações, conhecimentos, experiências para tomada desta decisão. Por exemplo, um homem está com sobrepeso, sabendo que corre riscos de saúde mantendo seus costumes como são e, quando está diante de dois pratos, tem de tomar uma decisão: Comer aquilo que mais o apetece, ou aquilo que fará bem a sua saúde?
Diante desta decisão, podemos ter uma breve ideia do que é a liberdade. Quando uma determinada pessoa, desprovida de forças para vencer seus impulsos e más inclinações se depara com esta situação, bem provavelmente decidirá aquilo que mais lhe satisfaz, independente dos riscos que isso acarretará em sua vida. Podemos ver que, por mais que esta decisão tomada por ele é algo que “lhe dá vontade de fazer”, não é aquilo que o liberta, pelo contrário, o aprisiona.
Hoje é muito comum vermos jovens que, reivindicando a sua liberdade, procuram-na justamente onde terão laços que, tornando-se cada vez mais fortes, os aprisionarão às necessidades instintivas. Como conseguimos ver, cada vez com maior frequência, jovens que, na busca por uma noite com intensas emoções, consomem álcool até o limite e, após um tempo com este costume (podemos chamar de vício), não conseguem mais divertir-se sem o consumo deste. Ou outros, que acreditam que a droga é uma forma de libertar-se, incorrem em um erro enorme, e, quando percebem, vêem-se presos, escravizados, pelo seu consumo.
Se o que muitos imaginam o que é liberdade é, na realidade, o seu oposto, como podemos definir a verdadeira liberdade? "Liberdade é, pois, a capacidade de escolhermos os meios adequados para desenvolver o nosso fim pessoal, acima dos determinismos animais". Fomos criados para sermos cada vez melhores. Melhores filhos, amigos, profissionais, namorados/esposos, colegas, não para que simplesmente sejamos melhores e isso alimente o ego, mas sim para que possamos, através deste crescimento pessoal, levar ao mundo o verdadeiro bem. Tudo o que nos aproxima deste fim, nos liberta, tudo o que alimenta o nosso egoísmo, vaidade, avareza, nada mais é do que o seu oposto, o aprisionamento.
Façamos pois o propósito de vencer nossas inclinações e guiar-nos rumo ao nosso objetivo mais alto, sermos melhores para os outros e levar o bem ao mundo.
"Nem tudo o que me é lícito, me convém. Tudo me é permitido, mas não deixarei que nada me domine." (1 Cor 6)
Tenham todos uma semana iluminada.
Mateus Boaventura P. Fornias
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