segunda-feira, 10 de março de 2014

O homem bom

Olá a todos.


Eis a mensagem que gostaria de passar para reflexão ao longo dessa semana: "O homem bom".


Se pararmos por alguns momentos para pensar, com certeza lembraremos de ao menos uma pessoa que podemos chamar de "bom". Aquela pessoa que lembramos carinhosamente, que foram os primeiros a erguer-nos a mão quando precisávamos de ajuda, de um conselho ou uma diretriz para trilhar os caminhos da vida. Dificilmente conseguimos descrever quais as qualidades que caracterizam este homem, podemos dizer que é um homem tranquilo, sereno, alegre, persistente, firme em sua vontade, caridoso e gentil, mas não conseguimos descrevê-lo por completo. Sabemos apenas que ao termos o contato com um homem desse estilo, não o esquecemos mais.


No entanto, podemos ver constantemente alguns equívocos sobre a bondade, pois atualmente a bondade é confundida com a fraqueza de um homem. Atenhamo-nos inicialmente, para efeito de comparação, verificar uma falsa bondade, o que a caracteriza e como podemos evitar tais atitudes em nosso dia-a-dia.


O "bondoso" sentimental: Não raramente, quando estamos conversando com algumas pessoas, percebemos que elas estão conversando a respeito de uma pessoa e, durante os comentários a respeito desta, ouvimos a seguinte frase: "Ah, mas fulano é tão bonzinho", "Coitada, ela não faz mal a ninguém, é tão boazinha". Podemos verificar que, em casos como os mencionados anteriormente, a pessoa é identificada como um ser fraco, não dotado de força nem firmeza, visto com sentimento de pena.


Mas por que o "bonzinho" é visto dessa forma? Na realidade, este homem tem uma grande inclinação a evitar conflitos, a mostrar aos outros o que é o certo, o que se deve fazer em determinadas situações. Durante uma conversa, por mais que discorde gravemente das ideias dos que as expõe, omite-se ou até mesmo concorda, para que não fique mal perante os outros. Omitindo-se, permite que suas ideias sejam inválidas, nulas, que ele não passe de uma sombra que, para não se indispor com os outros, acomoda-se. Ao ver o seu grande amigo tomando uma decisão equivocada, prestes a utilizar algum tipo de droga para "fugir" de seus problemas, o "bonzinho" permite que este seu amigo siga em frente com essa atitude, podendo ter graves consequências, ao passo que ele deveria impedí-lo e mostrar-lhe o que realmente deveria ser feito.


Não vemos nisso um grande erro? Será mesmo que omitir-se, deixar que os outros continuem com os seus erros é realmente o que deve-se fazer? Será que a "dor" de mostrar ao próximo e a possibilidade de indispor-se com este não valem a pena?


Por sua vez, o homem verdadeiramente bom não se importa com o que pensarão a respeito dele, ou se o chamarão de moralista, preocupa-se apenas em mostrar aos outros a verdade, o que deve ser feito, preocupa-se unicamente em fazer o bem ao seu próximo, por mais que isso custe. Mostrar aquele seu amigo que é preferível descansar ao invés de sair para uma festa, abster-se de um drink ao invés de incentivá-lo a isso, instruí-lo a ter um namoro correto e reto ao invés de instigá-lo a ir para festas e noitear com diversas mulheres. Mostrar a verdade aos que não conseguem (ou não querem) enxergá-la (de forma sempre caridosa, não de forma intempestiva) é sempre uma tarefa difícil, mas o bom quer o bem do seu próximo, não a sua simpatia.


Evitemos então que nossas atitudes sejam tidas apenas para ficarmos bem com os que nos rodeiam, devemos antes de mais nada amá-los e querer que eles cresçam como pessoas. Deixando uma pessoa seguir seus caminhos cegamente, omitindo-se de seus deveres como próximo, não o salvará de seu triste fim. Para curar é necessário mostrar a verdade, mostrar a verdade nada mais é do que fazer o bem, fazer o bem é amar, logo, aquele que mostra a verdade, ama.


"O bem custa, mas vale."


Lutemos todos para sermos "bons homens" e ajudemos todos que nos rodeiam a serem pessoas melhores e, consequentemente, mais felizes!


Tenham todos uma semana iluminada!


Mateus Boaventura P. Fornias

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