segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A caridade

Olá a todos.
 
Gostaria de abordar o seguinte tema para reflexão ao longo desta semana: "A caridade".
 
A virtude da Caridade é essencial para qualquer um que queira viver a vida de uma forma coerente, correta. Nós, seres humanos, temos um grande tendência a precupar-nos com nossas coisas, com nossos compromissos, nossas ambições, nossos desejos, sobrando muito pouco tempo (ou nenhum, sequer) para pensar no próximo (nossos familiares, amigos, namorada, idosos, etc..).
 
Nós temos, também, a tendência em imaginar que, para conseguirmos melhorar o mundo precisamos combater tudo aquilo que está fora de nós, para que a mudança se torne possível (a violência, desigualdade, imoralidade, etc..). No entanto, não percebemos que, o principal "inimigo" que temos de combater somos nós mesmos, as nossas más inclinações de buscar sempre aquilo que nos fará - aparentemente - mais felizes, esquecendo daquilo que os outros precisam. Essa tendência chama-se Filáucia, e é uma desordem que todo o ser humano tem, de buscar a sua própria felicidade em primeiro lugar.
 
Por ser uma luta constante e que, muito provavelmente, perdurará até o final da vida, precisamos de algumas dicas práticas para que consigamos - pouco a pouco - sair de nós mesmos para buscar primeiramente o bem do próximo:
 
São Josémaria dá-nos um importantíssimo aconselhamento para que consigamos vencer esta luta. Ele nos recomenda: (Para conseguir algo verdadeiramente bom) Primeiro oração, segundo mortificação e terceiro ação. Precisamos, antes de mais nada, pedir a Deus forças e auxílio para conseguirmos entregarmo-nos pelo próximo. Além disso, precisamos também das mortificações, que nada mais é do que pequenos sacrifícios que fazemos ao longo do dia (deixar de comer um doce quando está com vontade, não tomar água quando está com sede, levantar na hora quando se está com sono, etc..) que podem - e devem - ser oferecidos por diversas intenções. E, por fim, lutarmos por deixar de lado os nossos desejos e buscar o bem do outro.
 
Que ações podemos ter ao longo de nossos dias para tornar a vida de nossos próximos melhor? Alguns aconselhamentos bem práticos:
 
- Sorrir para alguém quando está irritado;
- Esclarecer a dúvida de algum colega, mesmo se estou ocupado;
- Telefonar para um amigo que mais precise;
- Visitar um parente que esteja doente, ou que viva sozinho;
- Dedicar um tempo para ouvir aquela pessoa que precisa desabafar;
- Ver o filme que seu namorado(a) prefere, ao invés do seu.

Apenas dando a vida pelo próximo é que chegaremos a verdadeira paz e felicidade na terra.

Tenham todos uma semana iluminada.

Mateus Boaventura P. Fornias

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A importância da reflexão

Olá a todos.

Gostaría de abordar o seguinte tema para pensarmos ao longo desta semana: “A importância da reflexão”.
 
Atualmente, é muito comum ouvirmos pessoas queixando-se pelo fato de não ter tempo suficiente para realizar todas as atividades durante o dia. Imagina-se que existe uma grande quantidade de tarefas a serem realizadas durante o dia, não sobrando tempo sequer para respirar, muito menos para fazer outras coisas.
 
Este pensamento de que não temos tempo para nada, possivelmente decorre do fato de não haver uma reflexão constante sobre diversos aspectos de nossas vidas. Pensamos que, por termos pouco tempo disponível, “gastar” tempo refletindo é algo inútil, pois pensamos que deixamos de ser produtivos neste periodo, no entanto, isso é um grande equívoco.
 
Ao meditarmos, colocamos em pauta tudo o que realmente importa em nossas vidas, quais são as atividades que realizamos ao longo de nossos dias que são realmente importantes, quais as atividades que fazemos que não são tão importantes quanto imaginávamos (apenas uma fuga para evitar-se  fazer aquilo que realmente deve ser realizado).
 
Os frutos de uma boa meditação (que pode durar cerca de 15 minutos) são incalculáveis. Dá-nos uma profunda paz, serenidade, uma maior percepção da realidade e a verdadeira noção do que temos de fazer, maior sentido de dever e de que estamos no caminho certo - ou não - para alcançar o que almejamos e, um dos maiores benefícios proporcionados, o conhecimento próprio.
 
Melhor do que meditarmos sob nossas próprias perspectivas, devemos colocar-nos diante de Deus (que nos conhece melhor do que ninguém, e quer o nosso verdadeiro bem) e perguntar a Ele o que quer que realizemos nos diversos âmbitos de nossas vidas. Abrindo o coração durante esta meditação, sendo verdadeiro durante todo o tempo, receberemos inúmeras graças, soluções para problemas que muitas vezes imaginávamos não ter solução.
 
Vale muito, sempre que iniciarmos a meditação junto a Deus, fazermos a seguinte oração: “Meu Senhor e meu Deus, creio firmemente que estás aqui, que me vês, que me ouves; adoro-Te com profunda reverência. Peço-Te perdão pelos meus pecados e a graça para fazer com fruto este tempo de oração. Minha Mãe Imaculada, São José, meu Pai e Senhor, Anjo da guarda, intercedei por mim.
 
Abrindo o nosso coração para o que Deus tem para nos falar, seremos verdadeiramente felizes, pois saberemos o que Ele - que mais nos ama em todo o mundo - quer que nós façamos.
 
 
Tenham todos uma semana iluminada.
 
 
Mateus Boaventura P. Fornias

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Os juízos e as palavras

Olá a todos.

 
Gostaría de abordar o seguinte tema para reflexão ao longo desta semana: “Os juízos e as palavras”.
Todos nós, seres humanos, temos uma forte tendência a fazer juízos (muitas vezes negativos) de tudo aquilo que acontece ao nosso redor, sejam palavras, olhares, gestos, decisões, tudo está sujeito aos nossos julgamentos.
No entanto, antes de fazermos determinado juízo sobre esta pessoa, devemos sempre lembrar de algumas coisas:
- Como consequencia do pecado original e o decaimento da raça humana, todos nós somos passíveis de erros, de praticar algum ato mau. Dessa forma, quando fazemos algum juízo de determinada pessoa, temos de ter em vista que também somos passíveis de erros e, dessa forma, todo e qualquer julgamento referente à outrém seria soberbo. Portanto, evite-se ao máximo os maus julgamentos;
- O que distingue os homens dos animais é a capacidade de amar (sacrificar-se pelo bem do próximo). Quando deixamos que nossos instintos e inclinações nos leve a taxar uma pessoa, estamos ferindo aquilo que há de mais preciso em nós, a capacidade de amar, de ajudar, de salvar o próximo. Afinal, o que contribui com o nosso irmão julgá-lo sem o intuito de ajudar?
- Fomos criados por Deus e, no final dos tempos, seremos julgados por Ele. Jesus nos disse: com a mesma firmeza com a qual julgueis, também serão julgados. Dessa forma, sabendo da nossa extrema vulnerabilidade, fraqueza e pequenez frente ao Todo-Poderoso, seria muito pretencioso fazer mal jugamentos do próximo.
É necessário então combater a mentalidade de somente criticar o outro, sem o intuito de ajudá-lo a melhorar como ser humano (como pai, profissional, filho, irmão, amigo), e converter esta atitude em outras, de forma que consigamos ajudá-la a ser uma pessoa mais feliz, realizada.
Tão ruim quanto o mau juizo feito, é quando exteriorizamos estes julgamentos através das palavras. As palavras tem um poder enorme, tanto para construir o bem, quando para destruir alguém. Dessa mesma maneira, podemos refletir sobre os seguintes pontos:
- Utilizamos as palavras como veículos para se alcançar a justiça, a verdade?
- Ou uso-as com a única finalidade de denegrir os outros?
- Procuro refletir sobre os juízos que faço sobre os outros antes de externalizá-los?
Refletindo sobre os pontos mencionados poderemos evitar inúmeros equívocos (e injustiças) que poderiamos ter feito para com o próximo e, além disso, usar as ações passíveis de julgamentos com o intuíto de ajudá-los, dizendo em particular em um momento apropriado sobre determinada ação. Este é um grande bem que fazemos tanto para nós mesmos (aumentando nossa capacidade de amar) quanto para o próximo (ajudando-o verdadeiramente a ser melhor).

Tenham todos uma semana iluminada.

Mateus Boaventura P. Fornias