segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Os fins justificam os meios?

Olá a todos.


Gostaria de abordar o seguinte tema para reflexão ao longo desta semana: "Os meios e os fins".


Todo o ser humano necessita, para que sua vivência renda frutos, tomar uma série de decisões ao longo do dia-a-dia que estejam em conformidade com os seus objetivos de vida. Estas decisões são sempre tomadas em vista do que pretende-se alcançar. Para cada decisão tomada, uma série de critérios (educação, valores) são acionados de forma que este meio empregado seja correto.


A priori, vale apresentar a seguinte afirmação: "Se o que se busca é um fim bom, e se empregam meios maus para atingí-lo, este fim é corrompido e deixa de ser algo bom". Vejamos alguns casos:


- Se para conseguir fechar uma negociação com o cliente (fim bom) o vendedor colete informações confidenciais de um outro fornecedor (meio mau), esta negociação torna-se má, pois está-se valendo de uma situação de superioridade - a partir de algo errado - frente ao concorrente (fato este desleal);


- Em uma guerra, um inimigo é capturado e então, para defender a pátria, tortura-se o inimigo de forma a obter informações. Defender a pátria é algo bom, torturar uma pessoa, mau. Logo, esta ação torna-se má.


- Um aluno que, para conseguir graduar-se, cola de seus amigos e assim consegue ser aprovado. Graduar-se é algo nobre mas, a partir do momento que para se alcançar esta conquista usa-se de um meio mau, ela deixa de ter o brilho que teria.


Assim como estes três exemplos, existem inúmeras outras situações (muitas vezes bem menos críticas) que devemos consultar a consciência e assegurar que os meios empregados para atingir determinado fim não o corromperão.


Isso ocorre por um simples fato: Para se alcançar um objetivo, é necessário trilhar uma série de caminhos, tomar diversas decisões. Mas como é possível um indivíduo buscar o bem e, ao mesmo tempo, para consumar este bem tomar decisões más? Não seria uma incoerência uma pessoa buscar o bem praticando o mal?


Não podemos pois cair neste erro, de achar que para alcançar um bem, vale tudo. Muito menos cair na tentação do relativismo: o que é certo para você, pode não ser certo para mim, e o que é certo para mim, pode não ser certo para você. É necessário delimitar, traçar uma linha do que é certo e o que é errado, evitando incoerência que justifiquem as más ações, isso chama-se caráter.


Façamos o propósito de consultar constantemente a nossa consciência de forma a assegurar que todos os meios empregados para atingir determinado fim justo, sejam também justos e, dessa forma, asseguraremos que cada caminho que trilharmos serão os mais adequados para atingir o fim almejado.


Tenham todos uma semana iluminada.


Mateus Boaventura P. Fornias

Nenhum comentário:

Postar um comentário