segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A importância das leituras (e da escolha delas)

Olá a todos.

Gostaria de abordar o seguinte tema para esta semana: "A importância das leituras".

Atualmente é raro ver jovens que possuem o hábito de leitura, isto é um fato. Isso ocorre pelo fato de que existe uma cultura predominante de que "ler não é algo útil", mas sim algo que é extremamente estafante e supérfluo, afastando muitos jovens com futuros nobilíssimos da possibilidade de atingi-lo. No entanto, o que não percebe-se como a principal consequência disso, é o empobrecimento da capacidade de pensar, da linguagem, da escrita, do imaginativo, da formação cultural do indivíduo e, principalmente, da formação pessoal de toda uma sociedade.

Mas como é possível perder-se tanto apenas com o fato de não ler? O principal fator é que através da leitura (de livros adequados) conseguimos vivenciar a experiência de terceiros, aprender com as suas escolhas (boas ou más), avaliar quais são as consequências que surgem de um caminho escolhido incorretamente e assim consigamos desenvolver a nossa experiência, mesmo sem ter vivido tal situação. Quando boas fontes bibliográficas são escolhidas como fonte de conhecimento (autores com critérios morais sólidos, com valores, que apresentem uma boa escrita), muito é aprendido.

Possivelmente esteja se perguntando o porquê de uma novela (ou alguns tipos de filmes) não ser também fonte de enriquecimento cultural e de experiências. O primeiro motivo é que em ambos os casos, pouco é aprofundado quanto às características dos indivíduos, seus pensamentos, suas escolhas, consequências e o psicológico do personagem por trás disso. Além disso, assistir a alguma coisa é diferente de ler, pois lendo desenvolvemos muito mais nossas capacidades cognitivas, lemos a forma de escrever das palavras e como podemos articulá-las. Por fim, como todos sabemos, alguns filmes e (todas) novelas são criadas para agradar a maior quantidade de público possível, "valendo de tudo" para obter a maior quantidade possível de telespectadores, fazendo com que o nível cultural apresentado seja extremamente baixo, visto que - infelizmente - é isto que interessa grande parte da população.

O fato de querer agradar ao público também ocorre com livros, por isto é necessário instruir-se bem antes de fazer uma aquisição deste tipo, segue abaixo algumas dicas para tal:

  • Verificar se o livro é definido como um clássico da literatura (Dom Quixote, Crime e Castigo, Memórias Póstumas de Brás Cubas, por exemplo);
  • Ver quais os assuntos em pauta no determinado livro;
  • Entender, previamente, as ideologias do autor; e
  • Buscar recomendações com pessoas de confiança, que sabe ter um critério moral adequado na escolha de um livro.
Por fim, gostaria de alertá-lo sobre um último ponto. Não pense que por um livro ser best-seller ele é bom, na verdade ocorre frequentemente o contrário, estes tipos de livros costumam ser ruins. Isso ocorre pelo simples fato do que foi dito previamente. Infelizmente vivemos em uma sociedade desvirtuada, onde o bom é confundido com o mau e o mal é desfigurado como um bem, dessa forma são transmitidos nestes livros valores desvirtuados, uma ética problemática, filosofias pobres (vingança a qualquer custo, por exemplo) e uma linguagem chula, para agradar as grandes massas.

Tenhamos então a coragem de iniciar este caminho, de mudar alguns hábitos em nossas vidas e acrescentar este costume extremamente enriquecedor.

Tenham todos uma semana iluminada.

Mateus Boaventura P. Fornias

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Subterfúgios na busca pela verdade

Olá a todos.


Dando sequencia ao assunto abordado na semana passada sobre o sentido da vida, gostaria de abordar sobre os artifícios que os homens utilizam para subtrair de suas mentes a preocupação com as questões fundamentais da vida.


Citarei um trecho de um livro chamado "Pavilhão de Cancerosos", escrito por Alexandre Solzhenitsyn, prêmio Novel de Literatura, colocando alguns destes tópicos em pauta, em um hospital com pacientes atingidos pelo câncer:


"Tentava voltar aos velhos caminhos do pensamento que antes ocultavam a ideia da morte. No entanto, coisa estranha, tudo o que antes ocultava, escondia, anulava esta consciência, já não consegue produzir este efeito... Ela vinha e se detinha diante dele e o fitava, e ele se sentia petrificado... Será possível que somente ela seja verdade? Ia ao seu escritório, deitava-se , e eis que novamente se via a sós com ela, face a face, mas sem saber o que fazer com ela. Só em olhar para ela ficava gelado.
Vinham-lhe todas as recordações do passado.
"A Faculdade de Direito... o primeiro emprego... o casamento... e a decepção, o mau hálito de sua mulher, a sensualidade, o fingimento! E aquele trabalho morto, e as preocupações em ganhar dinheiro, e assim um ano, dois, dez, vinte, - sempre a mesma coisa. E quanto mais avançava na vida, mais morto se sentia. Como se eu caminhasse pausadamente, descendo a montanha e imaginasse que estava subindo... Mas é isto? Para que? Não pode ser. A vida não pode ser assim, sem sentido... Alguma coisa está errada..."


Trata-se de um trecho pesado mas mostra muito das questões que inevitavelmente atingirão o ser humano, ele exprime o sentimento que domina a alma e o corpo daqueles que se deparam com uma vida sem sentido, que vivem o ontem pensando no hoje e o hoje pensando no amanhã, ou seja, não vivem. Tendo consciência de que a vida terrena é finita, que devemos lutar por buscar nos tornarmos cada vez melhores e iluminar o caminho dos outros para que consigamos alcançar uma tão desejada eternidade.


O homem foi criado para amar, com um amor forte, acima dos egoísmos e das mesquinharias mundanas, que seja capaz de mover montanhas por um ideal, por Deus, pelos pais, pelos amigos, pela esposa, pelos irmãos. Deixando o eu de lado convertendo-se em você, deixar as vontades de lado para que se sobressaia o bem supremo do próximo. Como é bonito ver pessoas que deixam seus desejos de lado, suas paixões, em prol de um bem maior. Isso é que dá sentido ao hoje, ao agora, e enche a vida de sentido.


Lutemos pois por vivermos no momento, agora, não esperando para buscar a felicidade em um futuro (mesmo que seja ilusoriamente próximo) e vivamos para fazer aquilo que deve ser feito, por Deus, pelos nossos irmãos, por amor.


Tenham todos uma semana iluminada.


Mateus Boaventura P. Fornias

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

“O homem suportar qualquer como, desde que tenha um porquê.”


Olá a todos.

Gostaria de abordar um tema de vital importância para que a existência de qualquer pessoa não seja leviana, não seja levada de qualquer forma, como o vento que leva uma folha. Para tal, é necessário realizar uma reflexão sobre qual a função do ser humano, qual a finalidade da existência do homem.

Primeiramente, é sabido que qualquer ser, produto ou bem tem uma função definida, caso contrário, não haveria o porquê de criá-lo, não haveria motivo para que exista. Por exemplo, um agasalho tem por finalidade servir o homem, aquecendo-o, o óculos para corrigir algum problema de visão de quem o usa, o sol, aquecer, a água, hidratar, etc..

Sabendo-se disso, qual é a finalidade de ser humano? Esta é uma pergunta que pouco é refletida atualmente, pouco pensa-se a respeito disso. É muito comum vermos pessoas que almejam na sua vida o acúmulo de riquezas, a busca acima de tudo pela glória, prazer, pela fama, a ascensão na carreira. Mas serão estes realmente motivos que justificam a finalidade do ser humano?

Suponhamos que a finalidade da vida de alguém seja o acúmulo de riquezas. Para quê busca-se incessantemente esta finalidade? Possivelmente para que se tenha um bom padrão de vida, com uma boa moradia, possa-se viajar quando desejar, comprar o que se deseja, um automóveis luxuoso, celular de última geração. Mas qual seria a finalidade destas aquisições? Talvez proporcionar momentos prazerosos para quem os possui, ajude-o a conquistar muitos amigos e pessoas que a bajule. Mas por que busca-se tudo isso, se o fim inevitável da existência humana é a morte?

Viver almejando o acúmulo de bens nada mais é do que uma miopia de quem os busca, acreditando que a felicidade plena estará ao alcançar-se estes objetivos. Tenta-se preencher o vazio interior do homem com estas distrações, mas não há bem material que preencha-o por completo. A depressão é o mal do século, muitos alcançam tudo o que grande parte das pessoas acredita ser o suficiente para ser felizes, mas permanecem com um sentimento de vazio interior, porque procura-se a felicidade em lugares que nunca se encontrará, são meios, mas não fins.

Podemos perceber que tudo que existe na natureza tem por finalidade algo exterior, nada basta em si mesmo. Como dissemos antes, o sol não existe unicamente por existir, mas tem por finalidade aquecer - fato este exterior a si mesmo -. Da mesma forma é a existência humana, a vida não se encerra nela mesma, deve estar além de sua própria existência, uma finalidade transcendente. Caso não tenha-se esta visão transcendental, a vida é algo sem sentido, um caminho que guia todos – inevitavelmente – para a morte. Por que trabalhar, estudar, comer, se divertir, amar, se exercitar, sorrir, lutar por algum ideal, se o fim último é a morte inevitável?

No entanto, como tudo na vida, existem sempre caminhos que podem ser trilhados, e este é definitivamente a decisão maior na vida de qualquer pessoa. Escolhe-se entre dois caminhos: Permanecer afastado da consciência de eternidade, da existência de Deus, tentando buscar a felicidade nos bens terrenos, consequência esta que levará todos ao inevitável pessimismo, ou reconhecer a verdadeira existência de Deus, enxergar toda Sua grandeza na criação do mundo, aprofundar no conhecimento da verdade que abrirá os olhos de que O busca, e viver sempre com vista na verdadeira existência da eternidade, de uma eternidade junto a Deus.

Meditar sobre este ponto é fundamental. Muitos vivem sem a verdadeira consciência disto por omissão ou por relativização deste assunto, por ignorância ou comodidade, mas é algo que não pode ser deixado para depois, pois, se não se tomar consciência deste fato – que somos chamados para a eternidade – viver-se-á de uma maneira vazia, sem a alegria que a Fé dá a cada um que a acolhe. A esperança de que a vida é vivida com o esperar de uma nova realidade, cujo a qual será verdadeiramente o local onde seremos plenamente felizes.

Nas próximas publicações será aprofundado mais sobre este assunto de vital importância para todos nós.

Tenham todos uma semana iluminada.

Mateus Boaventura Pessoa Fornias

 

 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

"Se esforçar, mas sem fazer esforço"

Olá a todos.
 
O tema que gostaria de abordar hoje é um assunto que não é explicitado nos meios de comunicação, muito menos é um tópico de discussão entre a comunidade, no entanto, está inserido nos meios de comunicações e pensamento de grande parte da sociedade, sem ao menos ter ciência disso. Podemos resumir este idéia em "como se esforçar, sem fazer esforço".
 
Atualmente, na mentalidade de grande parte das pessoas, está inbutido a idéia de que é possível alcançar diversos objetivos de maneira fácil e rápida, de forma indolor e obtendo a maior satisfação.
 
Promete-se a fórmula mágica para perder alguns quilos sem ter de acordar cedo, fazer dieta ou exercícios físicos, como ter uma renda adequada sem ter de trabalhar demais, como ter o emprego dos sonhos, como aprender uma materia que exige centenas de horas de estudo de forma rápida e fácil, ter o relacionamento dos sonhos, com uma pessoa que tenha todas as qualidade, de forma fácil.
 
Esta apologia ao "difícil de forma fácil" nada mais é do que propostas ilusórias. Nada se consegue sem o sacrifício, sem gastar-se horas e mais horas na lenta construção do caminho que conduzirá ao objetivo almejado. É necessário ter consciência deste fato para que não se viva em uma ilusão.
 
Esta cultura de buscar algo de forma fácil, além de iludir o homem, fragiliza-o, torna-se apático, pusilânime. Torna-o incapaz de vencer os obstáculos, de "dar seu sangue" por aquilo que realmente vale, de lutar até o ultimo suspiro por aquilo que acredita ser a verdade, pois imaginasse que é possível conseguir aquilo que se deseja sem o devido esforço.
 
Esta é, sem a menor sombra de dúvidas, uma das causas pela qual tantos relacionamentos não duram mais que alguns anos. Vende-se a idéia de que é possível ter um romansce Hollywoodiano, novelesco, que não tenha brigas nem preocupações, incômodos ou sacrifícios, cheio de paixão e sem nenhuma chateação. Esta apologia é má, ilusória, falsa e necessitamos lutar para não permitir que tais idéias se impreguinem em nossa consciência.
 
Precisamos sempre ter em mente que tudo o que é verdadeiramente bom, custa. Todo e qualquer relacionamento - família, casamento, namoro, amizade - exije sacrifícios de ambas as partes para fazer aquilo que é o bem, dedicar tempo e (muito) esforço pela pessoa que está ao lado, esforçando-se por sair de sí mesmo, de suas vontades, inclinações e egoísmos para fazer aquilo que realmente vale.
 
É cada vez mais frequente ver o amor (se é que podemos chamar assim) sentimentalista, seja o que for que se busca. Podemos mencionar o namorado que diz à sua namorada amá-la, mas, na primeira oportunidade que tem, olha sem o menor pudor uma outra mulher esquecendo o respeito, a fidelidade, o companheirismo, a honestidade (o verdadeiro amor) de lado para buscar a sua própria satisfação.
 
O verdadeiro amor exige renúncia, exige sacrifício, exige horas e mais horas dedicadas a pessoa, ou aquilo que se busca. Melhor exemplo que uma mãe não há. Quando o filho acorda de madrugada passando mal, a mãe imediatamente acorda, superando o sono, a preguiça e o cansaço para dedicar tempo a atenção àquele que realmente importa, que ama verdadeiramente, seu filho.
 
Lutemos, pois, por desmistificar esta apologia a se buscar tudo por vias f'aceis. Pois tudo aquilo que é verdadeiramente bom, custa. Custa tempo, esforço, luta, sacrifício, paciência, mas, sem dúvida, esta é uma luta que vale, que vale ser vivida, por amor.
 
Tenham todos uma semana iluminada.
 
Mateus Boaventura Pessoa Fornias