Olá a todos.
Eis o tema que gostaria de abordar para reflexão ao longo da semana: "Tempo livre".
Após uma semana de trabalho, de estudo, todos gostam de ter um tempo livre, em que possam fazer atividades que não conseguem realizar ao longo da semana, por estes dias serem preenchidos pelos compromissos. Realmente, o final-de-semana é um momento riquíssimo que temos para realizar inúmeras atividades, quando o tempo é bem aproveitado.
Pode-se, por exemplo, reunir-se com os amigos para jantar, ir ao cinema com o (a) namorado (a), ler alguma revista interessante que não teve tempo hábil para ler durante a semana, iniciar o estudo de alguma língua por lazer, praticar exercícios físicos com algum amigo, visitar algum parque, assistir a uma partida de futebol, etc..
Como pode-se verificar são diversos os lazeres que podemos realizar no tempo livre, precisa-se apenas aprender a usá-lo bem. O dia é composto de 24 horas e a hora de 60 minutos, o dia é limitado, cabe a cada um aprender a otimizar o aproveitamento do tempo, de forma que, ao final da vida, possamos ver quantos frutos colhemos das escolhas bem feitas no passado.
Isso leva-nos a abordar um ponto de extrema importância, dedicar o tempo ao próximo. Conforme apresentado acima, são diversos os meios para aproveitarmos bem o tempo, mas sempre precisamos lembrar de um ponto fundamental, o tempo deve ser usado como um bem para o próximo, não unicamente para satisfazer nossas vontades e desejos. Não percebe-se que, após dedicar-se um dia inteiro unicamente ao egoísmo, sentimo-nos, no final deste dia, como se faltasse alguma coisa, como se este dia fosse improdutivo e vazio? Isso decorre do fato de que viver unicamente para sí não nos sacia, não faz-nos felizes. Ao contrário, quando aproveitamos este momento para fazer o que nos solicitam, principalmente quando trata-se de uma tarefa desgostosa mas que alguém tem de realizar, buscando principalmente a felicidade da outra parte, nosso dia se enche de riqueza e alegrias.
Por exemplo: Em um sábado a tarde, a namorada solicita encarecidamente ao namorado (que neste exato momento esta assistindo a um jogo de Futebol) para que ele a leve para dar uma volta no parque. O jovem tem duas opções, ser escravo de sí (imaginando que trabalhou a semana inteira e deseja ter um tempo para sí) e continuar vivendo em seu egoísmo, preocupando-se unicamente em seu bem-estar ou vencer-se e atender aquilo que a sua companheira pede, fazendo-a feliz.
São dois caminhos que pode-se trilhar. Acredito não ser preciso explicitar qual destes é mais ardiloso, mais difícil, mas também não preciso mencionar que este caminho mais "íngreme" é aquele que torna a pessoa verdadeiramente feliz.
Atualmente está na moda dizer que todos precisam de um tempo para sí. Mas será que fomos criados para isso, criados para viver em um mundo fechado, deixando-nos vencer pelo cansaço causado pela semana de trabalho, ou será que fomos criados para o Amor, para amar o próximo?
Busquemos refinar nossas almas para que consigamos cada vez mais enxergar os meios para cada vez mais fazer o bem por aqueles que nos rodeiam e veremos como nossas vidas se encherão de alegrias.
"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus"
João 15:13
Tenham todos uma semana iluminada.
Mateus Boaventura P. Fornias
segunda-feira, 28 de abril de 2014
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Prisma da Caridade
Olá a todos.
Eis a idéia que gostaria que todos refletissem ao longo desta semana: "O Prisma da Caridade".
Todos os dias, recebemos notícias sobre fatos que ocorrem no mundo inteiro, bons e maus, que nos deixam muitas vezes indignados, comovidos, tristes, chateados ou até mesmo com raiva do fato ocorrido. Pode ser a indignação de ver alguém "fechar" uma outra pessoa no congestionamento, a tristeza em ver a pobreza no mundo, a comoção em ver pessoas perdidas no mundo das drogas (ou irritação de alguns em saber que estes "financiam" o tráfico) ou mesmo a irritação em ver tantos inocentes vítimas da violência urbana e a apatia dos governantes perante estes e outros fatos.
Realmente, a primeira vista, todas as reações acimas expostas são justificáveis para as causas mencionadas, quando olhamos de uma forma crítica e incrédula. No entanto, quando olhamos para o próximo, podemos utilizar dois "prismas" para ver a situação. Podemos vê-lo sob o prisma crítico, onde pensa-se unicamente em julgá-lo sobre suas ações, sem a mínima intenção de ajudar esta pessoa, revoltando-se e indignando-se em vão, ou pode-se ver através do prisma da caridade, onde busca-se entender e compreender para que, colocando-se no lugar desta pessoa, possa-se assim ajuda-la a mudar de vida, conseguindo assim construir uma sociedade melhor.
Li, uma certa vez, uma estória que acredito encaixar-se muito bem nesta reflexão: "Estavam, em um vagão de trem, algumas pessoas retornando para suas casas de mais um dia de trabalho. Todos estavam muito cansados. No meio dessas pessoas, havia o Pai e seu Filho, que tinha por volta de cinco anos de idade. Ao longo de uma boa parte do trajeto, a criança não parava de brincar, pular, gritar, e o Pai não reagia a nenhuma dessas atitudes da criança. Após trinta minutos, uma mulher na faixa de 35 anos irritou-se com a criança e foi falar com o Pai e um tom irritado, dizendo: "Você não impõe limites em seu filho? Esta criança está faltando com a educação e você não faz nada para impedi-lo?". Após o Pai ouvir isto, replicou entristecido: "O que acontece é que estamos retornando do velório de minha esposa (mãe desta criança) e, para que meu filho não sinta tanta tristeza no falecimento de sua mão, deixo que divirta-se". Imediatamente a mulher abaixou a cabeça, sorriu para a criança e sentou-se."
Podemos ver neste breve exemplo que não podemos ter crenças pré-estabelecidas sobre os fatos que nos rodeiam, pois não entendemos a situação ou momento em que aqueles que praticam esses atos estão. Pode ser que o pobre homem que está perdido nas drogas, que a primeira vista poderíamos vê-lo como um simples financiador do tráfico, seja um homem fraco, que deixou-se levar em um momento de fraqueza (perda de um ente querido, revés financeiro, etc..), onde viu-se sem sentido na vida e caiu nesta perdição. Ao invés de criticá-lo impiedosamente (fato este que não contribui em nada), o que podemos fazer para reverter esta situação?
Penso em como posso melhorar a vida desta pessoa? Busco pensar em meios para abrir caminhos para aqueles que estão perdidos para que encontrem a verdadeira felicidade? Ou limito-me unicamente a criticar e murmurar dos fatos? Será que, quando critico um político que aparentemente corrompeu-se, busquei instruir-me a respeito dos candidatos e mobilizar os outros para que também façam o mesmo? Ao reclamar da violência no trânsito, dou o exemplo sendo educado com o próximo, dando passagem àquele que solicita e perdoando aqueles que são mais agressivos? Ou apenas reajo ao que me fazem, seguindo a famosa frase "olho por olho, dente por dente"?
Infelizmente todos nós, seres humanos, temos uma forte tendência em pensar unicamente em nós mesmos, um grande amor próprio que destrói pouco a pouco, tornando-nos cada vez mais cegos para as necessidades alheias. A luta para vencer este amor próprio e colocar o coração no próximo deve ser uma luta para a vida inteira, lutada diariamente, um passo após o outro, para que, ao final da vida, possamos ter a grande paz e alegria do esquecimento próprio e a alegria e fazer bem aos que nos rodeiam.
Mudemos então a ótica com que enxergamos o próximo e suas atitudes e lutemos para que consigamos espalhar a bondade para todos.
"Temos que compreender a todos, temos que conviver com todos, temos que desculpar a todos, temos que perdoar todos. Não diremos que o injusto é justo, que a ofensa a Deus não é ofensa a Deus, que o mau é bom. No entanto, perante o mal, não responderemos com outro mal, mas com a doutrina clara e com a ação boa: afogando o mal em abundância de bem (Rom 12, 21)"
São Josémaria Escrivá
Tenham todos uma semana iluminada.
Mateus Boaventura Pessoa Fornias
Eis a idéia que gostaria que todos refletissem ao longo desta semana: "O Prisma da Caridade".
Todos os dias, recebemos notícias sobre fatos que ocorrem no mundo inteiro, bons e maus, que nos deixam muitas vezes indignados, comovidos, tristes, chateados ou até mesmo com raiva do fato ocorrido. Pode ser a indignação de ver alguém "fechar" uma outra pessoa no congestionamento, a tristeza em ver a pobreza no mundo, a comoção em ver pessoas perdidas no mundo das drogas (ou irritação de alguns em saber que estes "financiam" o tráfico) ou mesmo a irritação em ver tantos inocentes vítimas da violência urbana e a apatia dos governantes perante estes e outros fatos.
Realmente, a primeira vista, todas as reações acimas expostas são justificáveis para as causas mencionadas, quando olhamos de uma forma crítica e incrédula. No entanto, quando olhamos para o próximo, podemos utilizar dois "prismas" para ver a situação. Podemos vê-lo sob o prisma crítico, onde pensa-se unicamente em julgá-lo sobre suas ações, sem a mínima intenção de ajudar esta pessoa, revoltando-se e indignando-se em vão, ou pode-se ver através do prisma da caridade, onde busca-se entender e compreender para que, colocando-se no lugar desta pessoa, possa-se assim ajuda-la a mudar de vida, conseguindo assim construir uma sociedade melhor.
Li, uma certa vez, uma estória que acredito encaixar-se muito bem nesta reflexão: "Estavam, em um vagão de trem, algumas pessoas retornando para suas casas de mais um dia de trabalho. Todos estavam muito cansados. No meio dessas pessoas, havia o Pai e seu Filho, que tinha por volta de cinco anos de idade. Ao longo de uma boa parte do trajeto, a criança não parava de brincar, pular, gritar, e o Pai não reagia a nenhuma dessas atitudes da criança. Após trinta minutos, uma mulher na faixa de 35 anos irritou-se com a criança e foi falar com o Pai e um tom irritado, dizendo: "Você não impõe limites em seu filho? Esta criança está faltando com a educação e você não faz nada para impedi-lo?". Após o Pai ouvir isto, replicou entristecido: "O que acontece é que estamos retornando do velório de minha esposa (mãe desta criança) e, para que meu filho não sinta tanta tristeza no falecimento de sua mão, deixo que divirta-se". Imediatamente a mulher abaixou a cabeça, sorriu para a criança e sentou-se."
Podemos ver neste breve exemplo que não podemos ter crenças pré-estabelecidas sobre os fatos que nos rodeiam, pois não entendemos a situação ou momento em que aqueles que praticam esses atos estão. Pode ser que o pobre homem que está perdido nas drogas, que a primeira vista poderíamos vê-lo como um simples financiador do tráfico, seja um homem fraco, que deixou-se levar em um momento de fraqueza (perda de um ente querido, revés financeiro, etc..), onde viu-se sem sentido na vida e caiu nesta perdição. Ao invés de criticá-lo impiedosamente (fato este que não contribui em nada), o que podemos fazer para reverter esta situação?
Penso em como posso melhorar a vida desta pessoa? Busco pensar em meios para abrir caminhos para aqueles que estão perdidos para que encontrem a verdadeira felicidade? Ou limito-me unicamente a criticar e murmurar dos fatos? Será que, quando critico um político que aparentemente corrompeu-se, busquei instruir-me a respeito dos candidatos e mobilizar os outros para que também façam o mesmo? Ao reclamar da violência no trânsito, dou o exemplo sendo educado com o próximo, dando passagem àquele que solicita e perdoando aqueles que são mais agressivos? Ou apenas reajo ao que me fazem, seguindo a famosa frase "olho por olho, dente por dente"?
Infelizmente todos nós, seres humanos, temos uma forte tendência em pensar unicamente em nós mesmos, um grande amor próprio que destrói pouco a pouco, tornando-nos cada vez mais cegos para as necessidades alheias. A luta para vencer este amor próprio e colocar o coração no próximo deve ser uma luta para a vida inteira, lutada diariamente, um passo após o outro, para que, ao final da vida, possamos ter a grande paz e alegria do esquecimento próprio e a alegria e fazer bem aos que nos rodeiam.
Mudemos então a ótica com que enxergamos o próximo e suas atitudes e lutemos para que consigamos espalhar a bondade para todos.
"Temos que compreender a todos, temos que conviver com todos, temos que desculpar a todos, temos que perdoar todos. Não diremos que o injusto é justo, que a ofensa a Deus não é ofensa a Deus, que o mau é bom. No entanto, perante o mal, não responderemos com outro mal, mas com a doutrina clara e com a ação boa: afogando o mal em abundância de bem (Rom 12, 21)"
São Josémaria Escrivá
Tenham todos uma semana iluminada.
Mateus Boaventura Pessoa Fornias
Assinar:
Postagens (Atom)