Olá a todos.
Eis o assunto que gostaria de abordar para a reflexão ao longo da semana: "Firmeza de caráter".
A origem da palavra caráter é do grego kharakter, "marca gravada, sulcada, impressão na alma". Trazendo para o campo humano, são qualidade e defeitos que se exteriorizam através de ações e da mesma forma que as ações são reflexo do caráter, este pode se modificar a partir de um processo lento e gradual de mudança de pensamentos, ações e hábitos.
O caráter define nossa natureza, quem somos e como somos, permite que outros identifiquem nossos defeitos (tarefa esta sempre feita com amor, pensando no bem do próximo e não no próprio bem-estar e, além disso, sabendo de quem ouvir conselhos, pois nem todos são para o bem) e, dessa forma, nos ajudem a melhorar o que deve ser melhorado, para sermos pessoas melhores.
Dessa forma, uma atitude que é muito perceptível atualmente, é a constante necessidade de agradar a todos, mudando pelo menos por alguns instantes (conflitando com crenças, ideias e valores) a forma de agir apenas para ficar "bem com a galera". Veste-se inúmeras máscaras para colecionar "amigos" que não tem a oportunidade de conhecer quem a pessoa realmente é.
Infelizmente, pessoas como a descrita acima, escondem apenas uma coisa, a fraqueza. Como diz em um livro: "Dizem eles (os mascarados): tenho um grande jogo de cintura, sou um bom político, um habilidoso diplomata." Mas os outros pensam: Eis aí um oportunista. Um vira-casaca. Um covarde". A necessidade de estar sempre bem com os que o rodeiam, de ser o centro da atenção, mostra a tamanha insegurança e necessidade de basear a sua felicidade no que os outros pensam sobre esta pessoa. É triste dizer, mas quando precisa-se utilizar de máscaras para preservar "amizades", essas não são verdadeiras amizades!
Ao contrário, quando preservamo-nos firmes diante da imposição alheia, da pressão para que nos adaptemos ao que acham que é correto ou o que é "normal", aí que surge uma força dentro do forte, que o mantem firme diante de seus opressores e não permite que ele claudique, que se rebaixe e se flagele para ser o que não é. Ao manter-se firme, sente-se uma enorme e grande felicidade, pois sabe que suas convicções (as que com toda a certa são corretas) não se perderam.
Como diria um escritor: "Se não nos é exigido morrermos mártires, pelo menos espera-se de nós a disposição de nadar contra a corrente, defendendo as nossas convicções com um mínimo de coerência. Custa, sem dúvida, viver em todo momento essa coerência; custa muita mais, no entanto, ter que suportar o fardo dessa falta de dignidade, dessa covardia que se esconde sob a máscara da dissimulação".
Façamos, desta forma, o propósito de mostrarmos realmente quem somos, não nos permitindo nem sequer um ato que seja dissimulado e veremos que nos encheremos de verdadeiras amizades, seremos muito mais felizes e viver-se-á em paz.
Tenham todos uma semana iluminada.
Mateus Boaventura P. Fornias
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