segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

As Virtudes Humanas: Firmeza de caráter

Olá a todos.


Eis o assunto que gostaria de abordar para a reflexão ao longo da semana: "Firmeza de caráter".


A origem da palavra caráter é do grego kharakter, "marca gravada, sulcada, impressão na alma". Trazendo para o campo humano, são qualidade e defeitos que se exteriorizam através de ações e da mesma forma que as ações são reflexo do caráter, este pode se modificar a partir de um processo lento e gradual de mudança de pensamentos, ações e hábitos.


O caráter define nossa natureza, quem somos e como somos, permite que outros identifiquem nossos defeitos (tarefa esta sempre feita com amor, pensando no bem do próximo e não no próprio bem-estar e, além disso, sabendo de quem ouvir conselhos, pois nem todos são para o bem) e, dessa forma, nos ajudem a melhorar o que deve ser melhorado, para sermos pessoas melhores.


Dessa forma, uma atitude que é muito perceptível atualmente, é a constante necessidade de agradar a todos, mudando pelo menos por alguns instantes (conflitando com crenças, ideias e valores) a forma de agir apenas para ficar "bem com a galera". Veste-se inúmeras máscaras para colecionar "amigos" que não tem a oportunidade de conhecer quem a pessoa realmente é.


Infelizmente, pessoas como a descrita acima, escondem apenas uma coisa, a fraqueza. Como diz em um livro: "Dizem eles (os mascarados): tenho um grande jogo de cintura, sou um bom político, um habilidoso diplomata." Mas os outros pensam: Eis aí um oportunista. Um vira-casaca. Um covarde". A necessidade de estar sempre bem com os que o rodeiam, de ser o centro da atenção, mostra a tamanha insegurança e necessidade de basear a sua felicidade no que os outros pensam sobre esta pessoa. É triste dizer, mas quando precisa-se utilizar de máscaras para preservar "amizades", essas não são verdadeiras amizades!


Ao contrário, quando preservamo-nos firmes diante da imposição alheia, da pressão para que nos adaptemos ao que acham que é correto ou o que é "normal", aí que surge uma força dentro do forte, que o mantem firme diante de seus opressores e não permite que ele claudique, que se rebaixe e se flagele para ser o que não é. Ao manter-se firme, sente-se uma enorme e grande felicidade, pois sabe que suas convicções (as que com toda a certa são corretas) não se perderam.


Como diria um escritor: "Se não nos é exigido morrermos mártires, pelo menos espera-se de nós a disposição de nadar contra a corrente, defendendo as nossas convicções com um mínimo de coerência. Custa, sem dúvida, viver em todo momento essa coerência; custa muita mais, no entanto, ter que suportar o fardo dessa falta de dignidade, dessa covardia que se esconde sob a máscara da dissimulação".


Façamos, desta forma, o propósito de mostrarmos realmente quem somos, não nos permitindo nem sequer um ato que seja dissimulado e veremos que nos encheremos de verdadeiras amizades, seremos muito mais felizes e viver-se-á em paz.


Tenham todos uma semana iluminada.


Mateus Boaventura P. Fornias

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

As virtudes humanas - Temperança

Olá a todos.


Gostaria de abordar o seguinte assunto para a reflexão ao longo da semana: "A Temperança".


Atualmente todos somos bombardeados pela mídia e pela pressão social impondo-nos algumas ilusões que acabam por se tornarem verdade, sem a menor reflexão do porque buscamos o que imaginamos que nos fará feliz. Posso citar algumas dessas tendências: a compra de inúmeras peças de vestuário, comer demasiadamente em uma restaurante de primeira, gastar verbas gigantescas em festas, viver romances vazios, onde a única felicidade que se busca é de si mesmo.


Em todos os pontos acima citados, é possível perceber com um breve aprofundamento que o que se busca é no fundo apenas uma coisa, a felicidade. E, no entanto, não percebemos que pautamos a nossa felicidade em meios, que rapidamente somem e mostram que no fundo não nos proporcionou felicidade alguma, apenas prazeres imediatos.


A virtude da temperança tem por finalidade a moderação na utilização dos bens, que nos proporcionam bem estar e até mesmo felicidade, se usados de uma maneira ordenada.


Aristóteles afirmada: "A excelência está no meio termo", também podemos trazer isto para o campo desta virtude, qualquer excesso não deve ser cometido, tanto a completa refutação quanto o esbanjamento.


Infelizmente, como somos seres humanos e temos muitas fraquezas, podemos notar que em diversas ocasiões temos a tendência de querer usufruir demasiadamente em algumas coisas que nos proporcionam prazeres, mas saber se controlar, dominar-se, e deixar de apenas deixar-se levar pelas emoções e fazer aquilo que deve ser feito, isso sim nos trará a real felicidade, pois quando nos acostumamos a fazer todas as nossas vontades, nos reduzimos a pequenas crianças dengosas, estamos caminhando para nossa própria regressão, que apenas querem fazer o que lhes apetece, sem pensar no próximo e no bem estar do mesmo.


Travando pequenas lutas em pequenas coisas de nosso dia-a-dia, conseguiremos manter-nos firmes quando grandes tentações nos confrontem e possa fazer-nos sucumbir. Vencendo-nos e vendo que crescemos a cada dia em virtudes como a temperança, alcançaremos cada vez mais a felicidade que é tanto procurada.


Tenham todos uma semana iluminada.


Mateus Boaventura P. Fornias

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Investir no conhecimento próprio

Olá a todos.


Eis o assunto que gostaria de discorrer nesta reflexão: "Investir no conhecimento próprio".


Dando continuidade ao assunto abordado na semana passada, um dos meios para conseguirmos cada vez mais nos conhecer é investirmos o nosso tempo para entender melhor quais pontos somos mais suscetíveis ao erro.


É difícil encontrar pessoas que consigam se auto avaliar com profundidade, expressando quais suas forças e quais suas fraquezas, pois não damos muita importância a isso, apenas pensamos em fazer e não a planejar, o conhecimento próprio é importantíssimo e sempre deve ser aprofundado este conhecimento.


O tempo é sempre limitado, temos uma determinada quantidade de atividades para realizar em um dia de 24 horas e muitos podem achar que não faz sentido pararmos e pensarmos sobre como foi o dia e quais momentos poderíamos ter agido de forma diferente. No entanto, reservando cerca de 10 minutos, fazendo uma reflexão no final do dia sobre todas as atividades desenvolvidas e como poderíamos ter agido de melhor, nos mostra quais são os momentos em que mais frequentemente atuamos de forma equivocada.


Ao identificarmos quais são esses erros mais frequentes, podemos tomar algumas ações sobre eles:


1- Podemos ser mais prudentes. Sabendo-se que em determinados momentos temos uma atitude irascível ou que agimos de forma instintiva, pode-se evitar estas ocasiões de erro, buscando realizar outras coisas no lugar desta. Apenas exemplificando: Uma pessoa que tem forte tendência à fazer mal julgamento dos outros, ao surgir um assunto como este, pode no mesmo momento se afastar de uma conversa como esta.


2- Buscar robustecer a vontade. O caráter é formada por virtudes, as virtudes por sua vez são consequência de uma série de boas ações. Habituando-nos a realizar boas ações como, por exemplo, realizar algumas leituras (boas leituras) diariamente ao invés de assistir passivamente à um programa de televisão, ou combater a preguiça e realizar exercícios físicos algumas vezes por semana, notaremos que inicialmente será uma tarefa difícil, mas com o passar dos dias e meses, veremos que cada vez mais seremos mais fortes para vencer nas situações que nos policiamos.


Nas próximas semanas, discorrerei mais sobre algumas virtudes que são de extrema importância para os jovens, e indicarei também algumas boas leituras que podem ser realizadas.


Tenham todos uma semana iluminada.

Mateus B. P. Fornias

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Ser dono de sí

Olá a todos.

O assunto que gostaria que refletissem esta semana é: "Ser dono de sí".

Todos nós, seres humanos, possuímos uma grande quantidade de deveres que devem ser realizados ao longo de todo o dia: o trabalho bem feito, estudo, leituras, ajudar os que necessitam, exercícios físicos e deixar os ambientes em ordem são apenas algumas das inúmeros obrigações que devemos realizar ao longo de nossos dias.

Apesar de termos consciência destas obrigações, muitas vezes somos atingidos por uma onda de desanimo e preguiça, momento no qual são criados inúmeros obstáculos imaginários, de forma a impedir que façamos o que deve ser feito e, com estes falsos obstáculos, nossa consciência não sofra demasiadamente pelas nossas fraquezas e omissões.

Por mais que esta omissão não seja tão doída, sentimos um grande vazio interior, uma sensação de que algo falta, pois sabemos que faltamos com os nossos deveres e compromissos, não porque os problemas evitaram com que realizássemos estas atividades, mas sim porque fomos fracos e não tivemos firmeza o suficiente para vencer as marés de sentimentos que nos refreiam frente aos objetivos, somos escravos de nossas paixões.

No entanto, quando vencemos todas as comodidades e as barreiras impostas pelas nossas fraquezas, sendo donos de nós mesmos e de nossas atitudes, esforçando-nos ao máximo para realizar bem as nossas obrigações e preocupando-nos em dar o melhor de nós para um determinado fim, colocando dedicação e esforço no cumprimento do dever, sentimos uma intensa e profunda alegria, decorrente da vitória sobre nossas paixões.

Nas próximas semanas, serão apresentados alguns meios para que consigamos vencer-nos cada dia mais, e assim, possamos sentir a cada dia a alegria de sermos donos de nós mesmos.

Tenham todos uma semana iluminada.

Mateus B. P. Fornias