segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Texto sobre: "O aborto - um testemunho pró-vida"

Olá a todos.

Gostaria de publicar, ao longo das próximas semanas, alguns textos extremamente interessantes e enriquecedores sobre alguns assuntos atuais e de imensa importância para todos os homens. Iniciaremos estas publicações, abordando o assunto referente ao aborto.

Desejo a todos uma excelente leitura:

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(Revista Pergunte e Responderemos, PR 443/1999)


"O Movimento Pró-Vida tem por praxe enviar alguns de seus membros às portas das Clínicas que clandestinamente praticam o aborto. Procuram educadamente dissuadir as pessoas que se dispõem a entrar, à procura da operação mortífera.

Conversam com as interessadas, sujeitando-se a qualquer tipo de acolhida, para tentar salvar a vida dos inocentes e ajudar os genitores em sua dolorosa situação.

Abaixo segue-se o testemunho de uma dessas beneméritas vanguardeiras, que deseja guardar o anonimato:"

“‘Naquela manhã vocês foram verdadeiros anjos!’

Eram mais ou menos 11h00m da manhã. Já havia duas horas que estávamos de pé em frente a uma das muitas “clinicas” especializadas em encaminhar gestantes para a realização de aborto. Nosso trabalho consistia, como de costume, na oração do terço e na distribuição de folhetos explicativos a todos os transeuntes que passavam por aquela rua. Nosso pequeno grupo, de mais ou menos oito pessoas, desdobrava-se para que nenhuma moça ou casal que estivesse prestes a entrar naquele lugar de morte, ficasse sem aconselhamento.

Com a graça de Deus, percebemos que nessas ocasiões nossa resistência física é de alguma forma reforçada, pois, mesmo após muitas horas ao sol, não sentimos sede nem vontade de sentar. No entanto, precisamos ficar muito atentos para não deixar de perceber de longe a presença de algum caso “suspeito”, para então agirmos rapidamente, antes que os agentes do centro de atendimento à morte o façam.

Num desses dias, enquanto rezávamos o terço, percebemos que um jovem casal se aproximava vagarosamente, tentando identificar o local que desejávamos que nunca existisse. Imediatamente, aproximei-me do casal a propósito de entregar-lhes um folheto. A mulher, bastante nervosa, olhava as fotos coloridas com muita atenção. O marido nada dizia – estava perplexo. Conversamos sobre o início da vida humana, o horrendo crime do aborto e toda a enganosa propaganda para que mulheres se livrassem de seus problemas pela morte de seus filhinhos nascituros.

A essa altura alguns companheiros já estavam rezando nesta intenção, pois percebiam que já estávamos conversando havia muito tempo. Felizmente, um prestimoso membro de nosso grupo aproximou-se para conversar com o casal, enquanto eu ganhava fôlego e pedia a Deus que os livrasse. Era hora de uma ação mais drástica; a situação não poderia mais se estender então, perguntei à mulher: ‘Com quantos meses você está?’

Ali estava a resposta de Deus. Ao ouvir aquela pergunta tão simples, porém incisiva, a pobre mulher caiu em prantos e confessou todo o intento. O casal já possuía três filhos, e um quarto representava uma preocupação financeira angustiante naquele momento.

Sim, caros leitores, este é um dos principais motivos pelos quais um casal pensa em se desfazer do fruto de suas entranhas. Mas Deus tem seus planos. Aquele casal que viera de outra cidade, atraído talvez pela possibilidade de não serem ‘descobertos’, encontrara ali mesmo, no local de desolação, a mão salvadora do Senhor pois onde reina o pecado, a graça de Deus abunda (Rm 5, 20). Deus os fez voltar para casa com a esperança de que tudo se arranjaria, e de que aquele bebê, antes de ser uma ameaça, seria, na verdade, uma grande bênção.

No dia seguinte fomos visitá-los. Apresentamo-nos apenas como amigos distantes do casal, que para nossa surpresa gozava já de grande alegria. Sentamo-nos no sofá para uma ligeira conversa com os pequeninos, que esperavam ansiosamente a chegada do irmãozinho. Não era preciso muito. Como sempre, Deus já tinha feito todo o trabalho, e a nossa visita era apenas a celebração do amor do Pai.

À saída, o esposo acompanhou-nos até o carro e pronunciou aquelas palavras que até hoje ressoam aos nossos ouvidos e nos fazem mais conscientes de nossa missão pró-vida: ‘Naquela manhã vocês foram verdadeiros anjos!’

Antes de nos envaidecer, esta frase serve para nos lembrar que Deus é mais e que nós, batizados, devemos estar sempre a Seu serviço”.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A magnanimidade

Olá a todos.
 
Gostaria de abordar o seguinte tema para reflexão ao longo desta semana: "A magnanimidade".
 
É pertinente iniciarmos esta reflexão fazendo uma simples comparação entre dois animais: o galo e a águia. Ambos são aves, possuem penas, bico, garras entretando qual a principal diferença entre estes animais? A altura do vôo.
 
Enquanto o galo acostuma-se anda e ciscar, arriscando-se muito pouco para tentar objetivos mais altos, acostumando-se com o que já tem, e não com o pode se tornar, a águia alça altos vôos, com horizontes amplos, buscando cada vez metas mais altas e mais desafiadoras.
 
Uma pessoa magnânima é aquela que não se contenta com metas baixas, com objetivos meramente materiais, que estão em voga, objetivos egoistas e mundanos. O magnânimo sempre busca um objetivo alto, um objetivo nobre, que realmente valha a pena sofrer. A pessoa magnânima sabe que a vida é algo passageiro, que o tempo disponível é pouco para ser desperdiçado, que ele possui uma missão única e insubstituível.
 
Da mesma forma que o magnânimo busca sempre objetivos altos, ele também sabe que para que um objetivo como este seja atingido, é necessário transpor inúmeras barreiras e fazer inúmeros sacrifícios para que, no final, consiga atingir aquilo que ele é chamado a realizar. Portanto, ao mesmo tempo que busca-se metas altas, o magnânimo é um homem com o caráter robustecido, de tal forma que nada pode impedí-lo ou detê-lo, pois tem a firme convicção de que aquilo que foi chamado a fazer é algo importantíssimo, e nada pode adiá-lo.
 
- Tenho claro qual é o meu objetivo de vida?
 
- Este objetivo é grande o suficiente a ponto de suportar todo e qualquer sofrimento necessário?
 
- Este objetivo envolve outras pessoas ou é algo focado unicamente em mim?
 
- Reflito constantemente se estou seguindo o rumo que me leva a este obejtivo?
 
Para que esta virtude cresça em cada um de nós e, assim, consigamos alçar altos vôos, são necessárias principalmente três coisas:
 
# Fé - Para pedirmos a Deus que nos mostre o caminho pelo qual devemos percorrer e qual nosso dever enquanto vivos.
 
# Esperança - Saber que, após meditarmos perante Deus sobre o que Ele quer de cada um de nós, seguir em frente e ter a certeza de que Ele nos protege e dá forças para seguirmos Seus caminhos.
 
# Caridade - Para que em momento algum este objetivo mais alto seja motive para nos envaidecermos, mas sim para cada vez mais amar a Deus e ao próximo.
 
Com a graça divina (que nos infunde as três virtudes teologais mencionadas acima), buscando crescer cada vez mais nas virtudes cardeais e, em paralelo, estando abertos para ouvir e fazer aquilo que Deus nos pede, veremos que no final de nossas vidas o caminho que percorremos estará cheio de bons frutos.
 
Tenham todos uma semana iluminada.
 
Mateus Boaventura P. Fornias

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A importância das pequenas coisas

Olá a todos.
 
Gostaria de abordar o seguinte tema para reflexão ao longo desta semana: "A importância das pequenas coisas".
 
Os dias de qualquer pessoa são compostos de uma série de ações que possuem - ou pelo menos deveriam possuir - um determinado fim em vista. Uma pessoa magnânima (pessoa que possui a virtude da magnanimidade) almeja sempre fins altos, fins verdadeiramente bons e nobres e, por este motivo, estes fins exigem desta pessoa uma série de pequenos passos para se atingir este objetivo. Estes pequenos passos são as pequenas coisas que compõe nossos dias.
 
Mas qual a importância de realizar estas ações de uma maneira refletida e comprometida? Façamos uma alusão à uma outra situação, para que consigamos compreender esta importância: Para que um atleta consiga ultrapassar uma marca, vencer um campeonato - chegar ao seu objetivo mais alto -, são necessários milhares de horas de treino, uma série de pequenos sacrifícios (alimentação regrada, horas de sono, acordar na hora certa, lazeres regrados), uma série de reunúnicias, que robustece os seus músculos e o seu físico para que, no momento que verdadeiramente seja exigido toda a sua força, ele consiga ultrapassá-lo.
 
Estes pequenos sacríficos e milhares de horas de treino não são tarefas que consomem o atleta, que exigem dele uma dedição integral, no entanto, se ele não tiver esta atitude de abnegação, no momento em que lhe for verdadeiramente exigido, no momento da largada para o campeonato, ele não possuirá força o suficiente para vencer este desafio. Desta maneira, para que o momento derradeiro da vida deste atleta seja vitorioso, são necessários muitas pequenas vitórias diárias, que aparentemente não possuem grande brilho, mas são de extrema importância.
 
Dessa forma, o caráter possui um comportamento bem próximo.  Este deve ser forjado a partir de uma série de renúncias e sacrifícios para que, quando for exigido da pessoa a atitude determinante de sua vida, ela tenha "anticorpos" suficientes para combatê-la e vencê-la. Como seria possível alguém vencer uma dura exigência se nem ao menos consegue vencer as pequenas coisas de cada dia? Como seria possível uma pessoa realizar uma ação de valor se nem ao menos consegue levanter da cama na hora?
 
Tendo isto em vista, vale refletirmos sobre alguns pontos:
 
- Tenho em vista quais são os objetivos mais altos para a minha vida? Visto que "Não há bons ventos para quem não sabe que rumo toma".
 
- Entendo quais são as exigências que este objetivo trás consigo?
 
- Luto, um dia após o outro, para crescer nas principais virtudes que serão necessárias para que este objetivo seja alcançado? Reflito, ao final de cada dia, se há uma progressão neste sentido?
 
- Traço pequenos pontos de luta diários?
 
- Me dedico inteiramente ao trabalho, realizando com amor cada uma das ações do meu dia?
 
Não podemos deixar que a vida nos leve, como a um barco que está em alto-mar levado pela ondas, sem um rumo. É necessário tomar rédeas da vida e direcioná-la para o fim certo, tendo sempre em vista a importância de realizar as pequenas ações com comprometimento, luta e, principalmente, com amor.
 
Lutemos e peçamos a Deus que nos dê forças para que consigamos colocá-lo em cada uma de nossas ações de cada dia e, desta forma, veremos como cada uma destas ações será realizadas com cada vez mais amor e dedicação.
 
Tenham todos uma semana iluminada.
 
Mateus Boaventura P. Fornias

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Exame de consciência

Olá a todos.


Esta semana, gostaria de abordar sobre os inúmeros frutos que advém de um bom "Exame de consciência".


Inicialmente, gostaria de explicar do que se trata um exame de consciência. Este exame nada mais é do que uma reflexão, que pode ser feita no final de cada um dos dias, analisando como foram as nossas ações, nossas atitudes, posturas, palavras ao longo do dia, quer seja no ambiente de trabalho, na faculdade, em casa, no esporte que costuma-se praticar, etc..


Ao iniciar este exame, podemos pensar: "Dentre as inúmeras tarefas que me propus realizar nos diferentes âmbitos de minha vida (familiar, profissional, lazeres), realizei com qualidade todas estas minhas ações? Abdiquei de fazer aquilo que eu queria ter feito para fazer aquilo que devia ter feito? Procurei oferecer o trabalho por uma causa nobre? Procurei ajudar os outros durante as minhas atividades? Ou realizei todas as minhas tarefas me entregando à preguiça, realizando-as unicamente por obrigação?". Estes são apenas alguns pontos que podemos examinar no final de cada dia.


Como frutos deste exame, podemos destacar alguns principais:


- O conhecimento próprio (imprescindível para se viver corretamente);


- Refletir em formas de vencer os nossos defeitos;


- Identificar o que estamos deixando de fazer nos nossos dias e, em contrapartida, o que estamos fazendo que não necessariamente é prioridade;


- Entender quais são as nossas más inclinações - e como podemos combatê-las (Fui duro demais com o próximo? Preciso crescer na virtude da amabilidade. Deixei que a preguiça me vencesse? Preciso crescer na virtude da fortaleza. Deixei que a gula me dominasse? Necessito crescer na virtude da temperança. Dei atenção para quem precisava? Necessito ser mais caridoso);


Examinando diariamente nossas atitudes, veremos como podemos crescer como seres humanos, em nossas vidas espirituais.


Tenham todos uma semana iluminada.


Mateus Boaventura P. Fornias