segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Fazer o bem

Olá a todos.


Eis a ideia que gostaria de abordar para reflexão ao longo desta semana "Fazer o bem".


Se nos depararmos com alguma pessoa e perguntar-lhe o que significa fazer o bem a alguém, é bem capaz de que obtenhamos a seguinte resposta: "Fazer o bem é fazer a outra pessoa feliz". Esta resposta não é totalmente errada, mas também não é correto fazer tal afirmação. Antes de partirmos para uma conclusão, avaliemos um caso.


Alguns amigos reúnem-se e vão a um restaurante para conversar e aproveitar juntos após um dia de trabalho. Apenas um dentre estes amigos foi dirigindo e, após alguns minutos de conversas logo um dos colegas sugere que tomem algumas cervejas para celebrar o momento. Rapidamente quase todos acatam esta sugestão, com exceção de dois participantes deste grupo (um destes dois é o rapaz que está dirigindo). Ao perceberem que os dois não beberão, logo iniciam-se os incentivos para que eles o façam, haja vista que eles deveriam "curtir o momento", "aproveitar a vida e ser feliz".


Ao colocarmo-nos no lugar do rapaz que acompanhava o outro que estava dirigindo em não beber, poderíamos tomar duas atitudes: Poderíamos aceitar alguns drinks e incentivar este colega que está dirigindo a beber também, ou poderíamos desincentiva-lo  a beber e acompanha-lo nesta decisão.


Sob a ótica dos outros integrantes desta reunião, qual seria o parecer deles sobre a atitude tomada, caso fosse decidido que não beberiam nada? Provavelmente pensariam que o rapaz que desincentivou o outro a beber agiu como alguém que é muito sério, ou que não sabe aproveitar a vida, mas no fundo a atitude tomada por ele foi de extrema importância, pois auxiliou o seu colega a tomar a decisão correta e não fazer o que o apetecia (por mais que pudessem ter consequências desastrosas).


Nesta pequena estória contada, percebemos que foi feito o bem para o colega a partir do momento em que aconselha-o a fazer o que é certo, por mais que esta decisão não cause nenhuma alegria para quem esta recebendo este aconselhamento.


Percebendo então que fazer o bem não é necessariamente fazer a outro pessoa feliz, mas auxiliar a pessoa a trilhar o caminho correto, podemos refletir sobre quais são nossas atitudes perante os outros no dia-a-dia. Será que nos omitimos muitas vezes para não nos indispormos com os outros? Incentivamos algumas pessoas para que tenham algumas atitudes que podem acarretas em graves consequências pensando unicamente no prazer momentâneo?


Quebremos então esta tão comum afirmação de que fazer o bem é ver a outra pessoa feliz, porque o que vemos hoje em dia, tão comumente equivocado como "bem" se reflete exatamente o que Sócrates dizia: "O homem faz o mal, porque não sabe o que é o bem".


Lutemos então contra nossas comodidades e timidez para que consigamos então ajudar todos os que nos rodeiam, mostrando e auxiliando eles a encontrar e escolher qual o correto caminho a trilhar, a encontrar a verdadeira e plena felicidade.


Tenham todos uma semana iluminadas.


Mateus Boaventura P. Fornias

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A alegria de viver

Olá a todos.


Gostaria discorrer sobre "a alegria de viver" para a reflexão ao longo da semana.


Todos os seres humanos possuem inúmeros motivos para alegrar-se: O bônus que recebeu, a festa que irá a noite, o feriado que se aproxima, o lazer que conta os segundo para chegar, a promoção que recebeu, o elogio de um colega de trabalho, etc..


Refletindo um pouco sobre todos os pontos citados acima que causam a alegria de uma pessoa, podemos perceber um aspecto em comum a todos: Todas elas são passageiras. Quando colocamos nossa felicidade em coisas que são breves, que em uma fração de segundos pode desaparecer, nos tornamos extremamente vulneráveis, passíveis de ir da alegria à tristeza em um pouco tempo.


Não quero que pensem que não seja certo alegrar-se com os acontecimentos de nosso cotidiano, pelo contrário, devem ser muito bem vividos e aproveitados, espalhar toda a alegria destes momentos pelas famílias e amigos, para que todos participem também desta alegria. No entanto, o que não podemos é deixar que a razão de viver, o único motivo para alegrar-se sejam estas coisas voláteis.


Se pararmos para pensar, quais são as coisas que temos em nossas vidas que são totalmente imutáveis, invioláveis e permanentes? A resposta é simples, e o meio para encontrar esta felicidade está no mais fundo do nosso "eu". Esta resposta é Jesus Cristo.


O leitor indaga: "Sim, entendi, mas como posso encontrar esta alegria?". A resposta é igualmente simples, mas para praticá-la é necessário uma grande luta pessoal, esforço e vontade, porque "estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem". Amemos Deus sobre todas as coisas (Amar é querer a alegria do próximo, fazer o que Ele nos pede. Vide reflexão sobre "O que é amar") e o próximo como a nós mesmos. Colocando-nos em último na ordem do amor (amando a nós mesmos em primeiro lugar não passamos de egoístas e mesquinhos) sem dúvida encontraremos a verdadeira felicidade, a profunda e serena alegria de viver.


Façamos este propósito, de viver cada vez buscando mais fazer Ele feliz e os outros ao nosso redor felizes, e veremos que viveremos uma alegria constante, um satisfação constante, o céu na Terra.


Tenham todos uma semana iluminada.


Mateus Boaventura P. Fornias

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

As Contrariedades


Olá a todos.


Gostaria de abordar o seguinte tema para a reflexão ao longo desta semana: "As contrariedades".


Acredito ser muito oportuno iniciar esta reflexão fazendo uma pequena comparação, entre duas realidades diferentes, de forma a dar formas a esta mensagem.


Todos os dias encontrava-me com um colega, que muitas vezes quando chegava no ambiente cumprimentava os que estavam ao seu redor sem ao menos lhes dar a atenção, com a sua habitual faceta séria. Alguns fatos determinavam o seu humor ao longo do dia: quando alguém pedia-lhe algum favor ele logo repreendia esta pessoa e fazia este favor de má vontade ou murmurava intensamente e fazia este trabalho unicamente por fazer, alguns dos assuntos que costumava conversar era sobre a atitude de uma determinada pessoa, criticando-a, ou para reclamar sobre o seu dia anterior. Ao mesmo tempo, conhecia também uma outra pessoa, que raramente estava de mal humor (nem sempre a pessoa está em um bom dia e isso é totalmente normal), sempre esteve inteiramente à disposição para ajudar a todos em qualquer uma de suas necessidades, seus assuntos eram muito interessantes e divertidos, contava-me sobre suas viagens, planos para o futuro, amigos que presava, etc..


Este rapaz que reclamava diariamente de seu problemas e coisas que o incomodava, possuía uma família estruturada, amigos, trabalho, saúde. Já o outro, teve uma grave doença (que soube superá-la de uma forma heroica), possui um familiar com um grave problema de saúde. Qual a diferença entre esses dois casos? Pode-se perceber quem é o rapaz que possui mais alegrias e valoriza mais a vida, que estima cada segundo de sua vida e percebe que o tempo é curto e não perde-o com mesquinharias, o que aprendeu a aceitar e crescer com as contrariedades.


O sofrimento faz parte da vida de todos os seres humanos, a questão é como encara-los e com que propósitos passamos por estes momentos. Se aprendemos a passar por cima dos sofrimentos, de tirar propósitos com estes percalços, de oferecer estes desgostos por algumas causas nobres, veremos que nossa vida adquirirá um novo sabor, que jamais um pesar será em vão, que podemos oferecer, por exemplo, uma dor de cabeça ou uma resposta inoportuna de alguém pela melhora de um amigo que anda triste, por uma colega que está sem esperanças quanto ao seu futuro, para a melhora de um familiar insensível às necessidades dos outros, etc..


Aprendamos a tirar propósitos altos de nossos sofrimentos e veremos que nossas vidas se encherá de alegrias, de luzes, de riquezas e felicidades, pois mesmo em momentos de dificuldades somos capazes mudar o mundo, de transformar a vida das pessoas através deste momentos vivido de uma forma alegre.


"O sofrimento purifica a alma e redime o mundo".


Tenham todos uma semana iluminada e cheia de graças.


Mateus Boaventura P. Fornias

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

As Virtudes Humanas: A Paciência

Olá a todos.


Eis o assunto que gostaria de abordar para a reflexão ao longo desta semana: "A Paciência".


É muito pertinente iniciarmos esta reflexão com uma frase dita por São Tomás de Aquino: "Pela paciência mantém o homem a posse de sua alma". Quanto esta frase não nos proporciona para meditarmos e refletirmos.


É realmente triste ver pessoas que acabam sendo levadas, perdem a posse de sua razão por decorrência de alguns fatos externos que acabam levando-os à cegueira e consequentemente levando-os a agir de forma imprudente e impulsiva, levando esta pessoa a ter algumas atitudes que não tomaria se estivesse em sã consciência.


Também pode-se ver a grande quantidade de pessoas que querem que se realizem "para ontem" todos os seus anseios e desejos, que todos os seus objetivos sejam alcançados em um curto espaço de tempo. No entanto, tudo o que é construído sob um solo firme é construído aos poucos, ao contrário, tudo que é construído sob angustias e agitações fica situado em um solo pantanoso, que a qualquer momento pode afundar-se, pois a vida é constituída de aprendizados e hábitos, os hábitos e o aprendizado não são processos instantâneos, mas sim processos que levam tempo, esforço e constância para adquiri-los e desenvolve-los.


A paciência permite que não se incorra em erros e injustiças para com o próximo, pois nota-se também com grande frequência que muitas pessoas acabam por expressar alguns assuntos que a desagradam de forma ofensiva e injusta, podendo assim, ao invés de  magoar a outra pessoa e impedir que esta se cure deste defeito, pois fecha-se a qualquer ajuda.


Sendo assim, a paciência é uma virtude de extrema importância, pois permite ao homem absorver os obstáculos internos e externos, manter a sua razão e persistir no caminhar lento mas constante rumo o objetivo maior de sua vida, sem desviar o olhar nem deixar-se desviar por distrações. A paciência é necessária em diversos casos, como: quando estamos em um congestionamento e deseja-se chegar o quanto antes em um destino, ao ser tratado de forma ríspida por alguém, ao perceber que uma pessoa ao nosso lado incorre em um erro corriqueiro, nos empreendimentos que demandam tempo para se findarem, ao receber um "não" para algo que se quer, etc..


Habituemo-nos a resistir e nos controlar diante destes imprevistos investindo na leitura de livros relacionados ao assunto e na luta diária para adquirir esta virtude e veremos quão bom é ter o domínio pleno sobre o nosso ser, mesmo em momento de exaltação.


Mais do que o forte é o paciente; e quem sabe dominar-se, mais do que aquele que conquista uma cidade (Prov 16,32).


Tenham todos uma semana iluminada.


Mateus Boaventura P. Fornias